13.1.13

Viagem Santiago - São Paulo

de 28.11.2008 a 15.12.2008.

Joãozinho sempre quis ser contador. Um dia, na escola:
 - O que é, o que é que entra primeiro e sai por último?
 - O estoque, professora! - Respondeu prontamente.
A resposta que a professora esperava era "roupa de baixo".


28.11.2008 – viernes - Santiago
Primeiro dia de viagem e de viagem mesmo. Implacável. O ônibus não para (e saiu 15 minutos atrasado). Quilómetros e quilómetros de nada. Nada além de pedra, rochas, montes e profundidade. À beira da estrada algumas casinhas de madeira. Após a faixa de nada, o mar-oceano-azul. O oceano Pacífico é uma grande dimensidão. Antes havia árvores, agora nem isso: é só chão, a rodovia, o sol (que nasce de um lado e morre do outro) e a inaspicidade.
Adeus Santiago - nos veremos em outros carnavais.


29.11.2008 – sábado – San Pedro do Atacama
Consegui um hostel. Durmo sozinho no quarto 8. Sou o Chavo del ocho. O quarto é dentro do banheiro feminino, logo passando o varal de toalhas; já comprei a passagem para Arica e todos os passeios. Talvez cancele um dia em Machu Picchu... Veremos... Mas acho que não.
Valle de la Luna, Valle de la Muerte... Não eram tão como eu esperava, mas valeram a pena. Andar por trilhas desmarcadas às margens do deserto de Atacama é fantástico. Completamente desolado. As únicas vidas somos nós. Os únicos que podem ouvir o vento nas nossas orelhas.
Dunas misturam-se com vulcões com deserto com cordilheira com as besteiras que os homens dizem e... Ah! O som do nada: impagável e de graça.
Valorizar mais o silêncio. Acho que aprendi isso hoje. O silêncio é algo muito bonito, gostei. A areia fina grudou na minha bota. Acho que não tiro boas fotos... depois que eu as tiro as pessoas não pedem mais para que eu o faça.


30.11.2008 – domingo – San Pedro do Atacama
Lagunas Altiplanicas: o meu tanto de salar. Era mar, salgado, virou lagoa, virou salar; o chão é puro sal, sujo, pelas areias rodopiantes que ficam rodopiando pela região. Povos tão pequenos quanto San Pedro, porém menores. Sol escaldante sem nuvens, sem árvores (salvo um reflorestamento dos 60s). Onde há água, há verde. Fantástico. Se veem quilómetros e quilómetros de distância - chão branco. Os flamengos, como conseguem?, em poças d'água bicando-comendo crustáceos. Preciso conhecer o Saara. Um delicioso almoço - incluído - sou estudante, pago menos.
Espero que não dê merda a minha matéria de Estatística 2.
Refrigerante, necessito um refrigerante...
Pollo con papas... hum... nunca mais.


01.12.2008 – lunes – San Pedro do Atacama
3h12min: Acorda, escoteiro, acorda! (que o dia já raiou) (esta parte não se aplica). Gêiseres de Tatio. Muito bonito e um passeio bastante completo que serve de resumo do deserto. Povos desolados (Machuca), cactos, baños en termas, gêiseres de diversos tipos. Comi carne de lhama - pouca diferença e muitos condimentos - me dei bem com a altitude.
Outra excursão. Agora sim sentir-se no meio do salar-deserto. Pura aridez (ausência de vida) para todos os lados, entre as cadeias de montanhas, o branco-marrom do chão e o azul sempre límpido do céu. As cores que assumem as montanhas ao entardecer, aí sim se pôde ver. Tomei pisco sauer e fiquei tontinho. Infelizmente deixo o passeio do telescópio para uma próxima oportunidade.


02.12.2008 – martes – San Pedro do Atacama
Andei de bicicleta até cansar. Agora mereço um almoço de CHP$3.000.
Estou todo queimado, mas andei mais que 50km. Os pés encharcados, a camiseta manchada, ou seja, em um momento ideal para encarar 2 dias de bumba. San Pedro, às 19h, ainda que haja sol, começa o vento frio que nos faz colocar blusa, mas não hoje, me arde tudo.
Viajar sozinho, por enquanto, está muito bom, mas acho que nem sempre será assim, sim, é meio solitário, porque ninguém te acompanha nas viagens e elas são, justamente, uma parte grande da bagaça. Vivendo e aprendendo. Meu relógio deixou branca uma tira em meu pulso.
No pensar bem, não estou de todo só. Me acompanha uma tríade, fato de recordar astronomista. No céu, mais límpido do mundo?, Saturno, a Lua e Júpiter triangulam. Nunca esquecer. Nunca esquecer!


03.12.2008 - miercoles – Arica/Tacna (Peru)
Sempre tirar uma foto da comida comida e de toda a comida?
Menos duas horas de fuso horário na cabeça, o que me deu um bom tempo para conhecer Tacna. Tempo até de mais. Perdi o ônibus e estou amargando a espera de 4 horas no terminal sujo. O Peru é legal, o difícil é encontrar os locais de rico, frequentáveis, porque os de pobre não precisa nem procurar. As coisas são baratas, principalmente comida, principalmente se comparamos com o Chile. Para saber os preços das coisas tem de multiplicar por 0,8. Fui rei com um lanche num lugar melhorzinho a 7 soles. As crianças, aos montes, trabalham como cobradoras nos ônibus velhos. Tacna 30oC em quatro horas de espera no "terminal" (espantando moscas).


04.12.2008 – jueves - Nazca
Chegada em Nazca às 7h de la matina e já fui novamente hiper-assediado para a compra de passeios e hotéis...
Comprei, depois me livrei de todos e fui fazer meus passeios, nem todos muito bem sucedidos (Museu Antonini é bem engana trouxa). Sinto que gosto do Peru. É um país diferente, sem dúvida, mas talvez por isso (e pelo preço) encantador. Conversei com uma dinamarquesa. 0k, meu inglês não está tão ruim, mas ando embolando "portuñolglês".
Hoje não há mais nada que fazer e amanhã, tirando o passeio, haverá menos ainda. Perdi o dia em Águas Calientes, acho que terei de ser day-visit em Machu Picchu ou sacrificar um dia em Lima... Difícil decisão.
Angu com canjica, sanduiche de frango com batata frita, é... meu amigo, isso é Peru.


05.12.2008 – viernes - Nazca
Ao sobrevôo das linhas de Nazca, eu sobrevivi. Uma avioneta pequena que balança... e balança... é de passar mal, mas é o único modo de ver de fato as linhas. Muito bom e inexplicável. Espero que as fotos tenham ficado boas, essas valem a pena. Depois, com muito sol na cabeça, fui a uma larga caminhada. Conheci um casal de escoceses e um japonês, treinei meu inglês, ele continua bem, mas deve melhorar.
Uma semana vale mais que 4 meses de acento chileno.
Em Cuzco vou encontrar com os escoceses novamente, ou não. Por ora, me encantó el Perú. Espero que ele continue assim, sem estragação. As coisas que as pessoas dizem são pura mentira? Tenho problemas de interação? Claro que não! Ou não mais? Como acreditar na opinião alheia se sou só eu quem escuta-me? Hijos de una perra! Como buzina o povo aqui! Para tudo! Fui aos aquedutos e comprei um tiket que me permite voltar amanhã. Acho que não será de grande utilidade... Adeus Nazca, nos vemos em meus sonhos.


06.12.2008 – sábado - Cuzco
A viagem de Nazca para Cuzco foi trash. Além do atraso, o caminho é pura transposição dos andes peruanos o que nos leva a 14 horas de curvas, subidas (até perder o fôlego) e descidas. Quando se pensa que vai chegar, mais uma curva e outra planície verde, cujos verdes distinguem as lavouras, resplandecentes. O visual é muito distinto entre os dois lados da cordilheira: enquanto um é puro deserto, no outro o verde está sempre presente, como nas fotos, montanhas para o outro lado, nuvens carregadas que parecem que vão. Névoa. Incrível. Tão bonito quanto o cruze nevado do passo de Los Libertadores. Assim, 1 hora da tarde chego a Cuzco com o ticket do trem perdido (só se vende até 12h) e a uns bons quilómetros do hostel, mas não reclamo. Cusco é uma cidade imperdível. Ojalá pudiera passar mais um par de dias aqui, não pelas excursões, mas pela cidade em si. Parece que os espanhóis a deixaram há pouco tempo, todas as construções estão mantidas, do jeito que eram antes. Paguei mais caro o tiket para M.P., mas amanhã embarco.


07.12.2008 – domingo – Águas Calientes
Um marco em meio às montanhas de árvores. É um vale. É uma selva. É uma chuvinha fina que vai de tempos em tempos.
Andar de trem, é muito bom!: as coisas de perto passam ligeiras, como traço na tinta; e as de lonjão... parece que se viram, lentamente, para nos ver passar. Subi até a ponta de Machu Picchu. A água é 10 vezes mais cara que em Nazca. Sem dúvida nesta viagem cometi dois exageros: pensar que ia gastar mais que R$25,00 em comida por dia (pois gasto menos) e R$15,00 por noite (pois gasto mais). Subi a M.P. em 1 hora e 15 minutos e desci em 1 hora. Pouca diferença, não? Deve ser o cansaço... Não consegui falar com a Isis hoje... não tinha ninguém em casa.


08.12.2008 – lunes – Machu Picchu
Machu Picchu é menor do que eu imaginava e ao chegar pela manhã não havia nada além de névoas e chuva Wana Picchu é uma montanha. Acho que fazer um tour de farofeiro por um dia será bastante possível. Cansei-me de tanto andar. Não podia entrar com água e comida, mas todos assim faziam... Menos eu. Deveria ter feito. Poucas fotos? Acho que não. Só saberei em São Paulo.
Tenho muito que fazer naquela cidade. Machu Picchu já está conhecido. Listo.


09.12.2008 - martes – Cuzco/Puno
Após uma longa viagem de Cuzco a Puno (que realmente é muito bonita e passa por paisagens de campos de milho a montanhas de pico nevado em plena primavera), chego a Puno uma cidade (grande!) às margens do Titicaca. As coisas são baratas, mas tenho de ficar de olho. Amanhã conhecerei a cidade mais a fundo. Hoje foi aniversário da minha mãe. No locutório o senhor até colocou música de Feliz Cumpleaños. Os peruanos são gente boa, no terminal de Cuzco me detive 30 minutos conversando sobre economia com um cara que nem voltarei a ver na vida. O Hotel tem café da manhã! O primeiro em toda a viagem. Aqui faz frio. Muito mais do que eu imaginava... Também a 3800m do nível do mar... Se fosse quente, seria estranho. (isso me faz pensar que em Potosi também estará frio). Câmbio a 0,9.


10.12.2008 - miercoles - Puno
Ilhas flotantes Uros feitas de Totora, uma planta que dá na parte rasa do lago Titicaca e que se aproveita tudo. Da raiz ao caule. A ilha flotante tem de ser abastecida de uma camada de totora a cada 15 dias e abriga de 3 a 10 famílias. Sim, pessoas moram lá. Com orgulho! Valeu a visita e a explicação sobre tudo de um residente. "Conheci" a cidade de Puno. Talvez eu goste mais deste turismo-urbano. Tem muito capital investido em vias e prédios públicos, mas as casas das pessoas seguem sem acabamento externo. Tomei o primeiro café da manhã da viagem, parecia que em anos! Tinha até ovo, fiz a visita a Uros com uma excursão de jovens de um colégio de Cuzco. Eles também irão à Bolívia. Não consigo acessar o banco online, tampouco arrumar o meu site que está fora do ar. Fim de tarde. Volta a chuva... Será que será como ontem? De tirar os telefones do ar e tudo mais?


11.12.2008 - jueves – Puno/La Paz (Bolívia)
O café da manhã me custou 10 Nuevos Soles!!! 8h10min parto de Puno, Peru. Bolívia, multiplicar os preços por 4 e dividir por 10. Cheguei em La Paz, na loucura de La Paz, no final da tarde. Uma cidade gigante, pulsante, é um vale recheado de gentes, em todos os poros. Um mercado, grande, gigante, todas as ruas, tendas, vendedores, o espaço está ocupado. E das coisas que se vendem, nem tudo é lá utilidades. Como sobrevivem? Pura circulação de moeda? É baixa temporada... Tudo pode acontecer.


12.12.2008 - viernes - La Paz
Um nó no estômago. Nada será publicado. Se acabou.

15.9.11

Aula de Roteiro - 5o trabalho


INT. SALA. DIA

HOMEM (35) senta-se no sofá. Homem boceja e espreguiça. Homem alcança o jornal e o pega. Homem abre o jornal, coloca seus pés sobre o puff de apoio e o começa a ler.

FAXINEIRA (22) entra na sala e começa a limpar o vidro. Faxineira MURMURA uma canção enquanto limpa o vidro. Faxineira olha para Homem. Faxineira CANTA.

Detém sua leitura, sorri e olha para Faxineira. Homem e Faxineira trocam olhares. Faxineira para de cantar. Homem retorna a ler.

Faxineira sai da sala e retorna com uma vassoura. Faxineira varre o chão. Faxineira MURMURA uma canção. Faxineira olha para Homem. Faxineira CANTA.

Homem bufa e detém sua leitura. Homem olha para faxineira. Homem e Faxineira trocam olhares. Faxineira para de cantar. Homem retorna a ler.

Faxineira apanha o espanador. Faxineira tira pó do sofá. Faxineira CANTA.

Homem fecha os punhos, joga o jornal no chão e levanta-se.

HOMEM
Mas será possível!...

Homem vira-se para Faxineira. Faxineira retira de seu bolso um protetor auricular.

Homem estranha o objeto. Homem respira fundo. Homem pega o protetor com as mãos e o analisa. Homem o coloca sobre as orelhas. Homem olha para Faxineira. Faxineira acena com a cabeça. Homem senta-se. Homem sorri enquanto retoma a leitura do jornal.

INT. SALA. NOITE

Homem e MULHER (30) estão sentados à mesa.

MULHER
Você não acredita como foi o meu dia. Você lembra da Berenice? Então apareceu novamente e fez o maior alvoroço, disse que não ia pagar...

INSERT Protetor auricular sobre a mesa, próximo ao Homem.

Homem pega o protetor auricular e o coloca. Mulher continua gesticulando. Homem acena com a cabeça e sorri.

MONTAGEM:
A) Mulher gesticula como se estivesse falando com Homem.
B) Homem come sua comida.
C) Mulher ri efusivamente.
D) Homem acena com a cabeça e sorri.

Mulher toca na mão do homem afetivamente. Mulher gesticula. Mulher recua.

HOMEM
Me passa o vinho!

Mulher para, encara homem. Mulher pega o vinho e o entrega ao Homem.

HOMEM
Obrigado, meu amor.

Homem e Mulher sorriem. Mulher continua a gesticular.

INT. SALA. NOITE

Homem usa o protetor auricular e está sentado no sofá com os pés no puff. Mulher cruza a sala até a porta, a destranca e abre. AMIGO (30) e AMIGA (35) entram. Amigo, Amiga e Mulher se cumprimentam. Homem balança a cabeça negativamente. Amigo e Amiga entram e caminham na direção do Homem. Mulher fecha a porta.

Homem levanta-se, recebe os cumprimentos e indica as cadeiras dos convidados à mesa. Todos sentam-se.

Montagem:
A) Amigo, Amiga e Mulher gesticulam e sorriem à mesa.
B) Homem observa atento.
C) Amigo olha para Homem enquanto gesticula. Homem sorri e acena.
D) Amigo, Amiga e Mulher gesticulam e sorriem, Homem fica atônito.

Homem leva as mãos ao protetor auricular. Homem observa os demais gesticularem e rirem. Homem fecha as mãos no protetor auricular.

Amigo e Amiga dão as mãos. Todos param de gesticular e voltam-se para Homem. Homem solta o protetor e vira-se para trás. Homem retorna. Todos continuam a encará-lo. Homem aponta para si mesmo. Todos acenam positivamente com a cabeça.

HOMEM
Olha... na minha opinião... Eu acho que não vai chover.

Amigos e mulher riem e continuam gesticulando.

INT. SALA. DIA

Homem está sentado com o protetor auricular. Faxineira entra na sala. Faxineira gesticula para o Homem. Faxineira toca no Homem.

HOMEM
Não vai chover, não vai chover!

Faxineira chacoalha Homem. Faxineira ajoelha-se e começa a chorar. Homem assusta-se e levanta. Faxineira gesticula com violência. Homem retira o protetor auricular.

FAXINEIRA
...Eu preciso, para alimentar meus filhos, preciso do meu pagamento, por favor moço, só lhe peço isso...

Homem abre sua carteira, retira o dinheiro e entrega à Faxineira.

FAXINEIRA
Muito obrigado! Deus lhe pague, meu senhor!

Faxineira sai.

Montagem:
A) Homem coloca pela primeira vez o protetor auricular.
B) Mulher estende a mão à mesa e lhe faz um elogio.
C) Amigo e Amiga anunciam que irão se casar.
D) Faxineira pede seu pagamento do mês.

Homem segura o protetor auricular em suas mãos e o quebra.

Fim.


HOMEM (35)
Nascido em uma boa família, é o terceiro de quatro irmãos. Estudioso, frequentou os melhores colégios. Sempre foi um menino calado, tendo poucos amigos. Faz faculdade de engenharia e começa a trabalhar. Conhece sua futura esposa no ambiente de trabalho. Casa-se por pressão da sua família. Cultiva algumas poucas amizades do tempo de colégio.

FAXINEIRA (22)
Nascida em uma família pobre no periferia da cidade, tem uma infância com grandes restrições financeiras, porém feliz. Frequenta a escola, onde faz diversos amigos. É uma criança bastante alegre. Aos 17 anos apaixona-se por um jovem da rua e tem seu primeiro filho. Mãe solteira, aos 19 apaixona-se novamente e tem mais um filho. Passa grande dificuldade para alimentar e cuidar das crianças, mas é persistente e lutadora. Trabalha em 4 casas como doméstica para tentar dar condições de vida aos seus filhos melhores que as que teve.

MULHER (30)
Nascida na capital do estado, é a caçula da família. Sempre muito falante, guarda esta marca pela vida, o que a faz ter muitos amigos. Na juventude, faz faculdade e frequenta a night da cidade. Também gosta de receber os amigos em casa para festas. Começa a trabalhar e apaixona-se por aquele que será seu esposo, bastante calado porém muito carinhoso. Casa-se e já se planeja para ter um filho.

AMIGO (30) e AMIGA (35)
Amigos da Mulher do tempo de faculdade quando frequentavam festas e baladas, cultivam a amizade até hoje com encontros frequentes. Foram os primeiros a quem a Mulher apresentou seu noivo, o Homem, e por isso se sentiram honrados. Inicialmente não gostaram, por o acharem muito careta; com o tempo acostumaram-se com seu jeito e agora riem por acharem seu comportamento de uma ironia sutil. São apaixonados há anos sem nunca assumirem algo sério. Recentemente decidiram que estão prontos para assumir a relação e marcaram o casamento para março do próximo ano.